Um inquérito policial foi aberto pela Delegacia de Polícia Civil de Faro, sob a liderança do delegado Renan Dantas, após a denúncia de abuso sexual contra uma professora da creche municipal Maria da Conceição Justo Vidal, conhecida como “Tia Conchita”. A acusação partiu da mãe de uma criança de três anos, aluna da instituição, na terça-feira. A partir da denúncia, a criança foi submetida a exames de corpo de delito e sexológicos, além de passar por uma escuta especializada com psicóloga. A professora, identificada como Daniele Bentes de Melo, foi ouvida pela polícia, assim como outras testemunhas da creche. Diante das evidências, o delegado solicitou a prisão da educadora, que foi transferida para Santarém devido à repercussão do caso e às normas de detenção. Com informações do G1 Santarém e Região.
A transferência de Daniele para Santarém foi uma medida independente das acusações, explicou o delegado Dantas, destacando que as delegacias não são locais apropriados para manter detidos por longos períodos. A decisão também foi acelerada pela atenção que o caso atraiu no município. A repercussão do suposto crime sexual, especialmente por envolver uma menor, foi amplificada nas redes sociais após a divulgação de um áudio pela mãe da vítima, que expressou sua indignação e pediu a outros pais que observassem seus filhos para identificar possíveis outros casos de abuso.
O episódio ganhou notoriedade rapidamente em Faro e na região oeste do Pará, culminando na prisão preventiva de Daniele, decretada pela juíza Karla Cristina Galvão, com o aval do Ministério Público. Na sequência, o carro da professora foi incendiado em um ato de vandalismo que está sob investigação policial. A Prefeitura de Faro, por meio de uma nota oficial do prefeito Paulo Carvalho, afirmou que está acompanhando o caso e se posiciona ao lado da justiça e da verdade. Em pesquisa no site do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, foram encontrados diversos processos contra Daniele Bentes de Melo, incluindo acusações de lesão corporal e violência doméstica. A defesa da professora não foi localizada para comentar o caso.