Ao redor do Pema, na Amazônia, pesquisadores têm feito descobertas significativas, identificando 14 novos sítios arqueológicos em propriedades privadas na região do Cauçu. Essas áreas, ricas em arte rupestre, enfrentam ameaças de degradação devido a atividades humanas, como queimadas. Essas descobertas são fruto do trabalho coordenado por Edithe da Silva Pereira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e financiamento de Marcela Pereira Soares, uma artista plástica e empresária que se tornou a primeira mecenas a financiar pesquisa científica na região. Com informações do G1 Santarém e Região.
Marcela Soares foi movida pela beleza e vulnerabilidade dos sítios arqueológicos durante uma expedição por Monte Alegre, liderada por Edithe Pereira. Sensibilizada, adquiriu dois lotes na área para proteger o patrimônio ameaçado e incentivar a pesquisa científica. Graças a esse esforço, oito sítios foram descobertos em setembro de 2023, com financiamento do CNPq, aos quais se somaram outros seis, identificados posteriormente com recursos privados. Todos os sítios estão devidamente catalogados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA).
Os dados preliminares coletados nas pesquisas já destacam a importância da conservação desses sítios, que são testemunhos de antigas sociedades humanas. As diferenças nos desenhos e padrões gráficos sugerem a presença de culturas distintas na região. Edithe Pereira, ao explorar essas áreas, trabalha com a hipótese de que os registros são marcas de diferentes povos que habitaram Monte Alegre. A expansão do agronegócio e as práticas de queimadas representam riscos significativos para a preservação desse patrimônio, exigindo esforços contínuos para sua proteção e estudo.