Mulher que esquartejou homem em motel é detida em Santarém por violar monitoramento eletrônico

Savana Nathalia, condenada a 40 anos de prisão em um júri popular em 2015 pelo assassinato e esquartejamento de Joelson Ramos, teve sua pena regredida para o regime fechado após violar as condições de seu monitoramento por tornozeleira eletrônica. Originalmente cumprindo pena em regime semiaberto em Santarém desde 2021, Savana foi flagrada circulando fora das áreas permitidas pelo monitoramento. O delegado Gabriel Orlando confirmou que o mandado de prisão foi executado no bairro Maracanã, por volta das 18h. Savana alegou à polícia que sua movimentação se deu por uma visita a um hospital, informação que ainda seria comunicada à justiça. Com informações do G1 Santarém e Região.

A transferência de Savana do sistema prisional de Belém para Santarém ocorreu após a instauração de um Procedimento Disciplinar Penitenciário (PDP), investigando sua participação em uma tentativa de fuga da penitenciária de Santarém em 15 de março de 2020. A suspeita era de que Savana integrasse um grupo de detentas que cavava um túnel para escapar, o que motivou a justiça a determinar sua transferência para cumprimento de pena em Santarém.

Enquanto estava no regime semiaberto, Savana Nathalia tinha a permissão de cumprir a pena em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, sob condições específicas, como sair de casa apenas para trabalhar, comparecer mensalmente ao Fórum de Santarém, permanecer em casa a partir das 19h30 todos os dias, e informar à justiça qualquer deslocamento fora da rota monitorada. No entanto, segundo decisão do juiz Flávio Lauande, Savana cometeu múltiplas violações dessas condições, incluindo saídas não autorizadas da área de monitoramento e desligamento do aparelho sem justificativa, levando à regressão de sua pena para o regime fechado.

O crime pelo qual Savana foi condenada ocorreu em 10 de julho de 2011, em Ananindeua, quando Joelson Ramos foi assassinado e esquartejado em um quarto de motel. Segundo o Ministério Público, Savana e seu cúmplice, Raimundo Nonato, atraíram a vítima ao local e cometeram o crime com o objetivo de se apropriar dos bens de Joelson. Após o crime, a dupla tentou fugir, mas foi capturada pela polícia em agosto do mesmo ano, ela tentando embarcar para Macapá e ele na zona rural de Novo Repartimento.

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