Até o dia 13 de maio, jovens indígenas interessados em aprimorar suas habilidades no campo audiovisual têm a oportunidade de se inscrever no curso oferecido pela Formação Audiovisual Indígena (FAI), uma iniciativa apoiada pelo Edital de fomento ao audiovisual da Lei Paulo Gustavo. As aulas serão realizadas aos sábados, das 8h às 16h, no Espaço Alter do Chão, com o objetivo de capacitar 30 jovens através de 100 horas-aula. Com informações do G1 Santarém e Região.
Ao concluir o curso, os participantes receberão certificados e terão a chance de interagir com profissionais da Pira Produções e da Pajé Filmes, co-produtora do curso especializada em conteúdos que dialogam com questões sociais, ambientais e históricas. Willon Borari, representante do povo Borari e envolvido no projeto, ressalta a importância da iniciativa: “Esta visa não apenas fornecer formação técnica, mas também inspirar os jovens a explorar as possibilidades artísticas e expressivas do cinema, permitindo-lhes contar suas próprias histórias e refletir sobre questões sociais e ambientais pertinentes.”
O curso adota uma metodologia transdisciplinar, incentivando a percepção e descrição de imagens e promovendo o debate artístico sobre temas urgentes como a crise climática, gênero e povos tradicionais. Além disso, uma vertente significativa do programa é o Cinema Artivista, que encoraja o uso do audiovisual como ferramenta política para abordar e questionar problemas sociais e ambientais. Espera-se que, ao final do curso, os participantes estejam não apenas tecnicamente preparados, mas também munidos de uma visão crítica sobre como o cinema pode contribuir para a discussão e visibilidade das questões indígenas e ambientais.