Registrou-se um aumento significativo no número de mulheres que denunciaram violências sofridas, refletindo uma maior coragem em buscar justiça. No último ano, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) estendeu seu horário de funcionamento, uma estratégia para oferecer um atendimento mais acessível e especializado. A efetivação da Patrulha Maria da Penha, que acompanha vítimas de violência doméstica, e a implementação do sistema Alerta Pará Mulher e do SOS Maria da Penha foram ações cruciais para fortalecer a rede de proteção às vítimas no estado. Com informações do G1 Santarém e Região.
Em Santarém, a rede de proteção à mulher é um exemplo de colaboração interinstitucional no combate à violência, contando com a Vara de Violência Doméstica e a Promotoria da Mulher. Ao longo de 2023, campanhas de conscientização disseminaram informações essenciais sobre a importância de denunciar agressões, visando educar e sensibilizar a sociedade.
“As mulheres estão ganhando mais confiança para denunciar os agressores. Observamos casos graves, como lesões, destruição de documentos, ameaças de incêndio ou morte, e uso de armas. A situação é mais séria do que nos anos anteriores”, ressaltou Diane Castro, coordenadora do ParáPaz. Vítimas de violência doméstica podem buscar auxílio na Deam, que funciona de segunda a quinta, das 08h às 18h, e de sexta a segunda, 24 horas por dia. Outros recursos incluem a 16ª Seccional de Polícia Civil e os números de emergência 180 ou 190. Os atendimentos especializados estão disponíveis nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Unidades Básicas de Saúde (UBS), Núcleos da Defensoria Pública e no Ministério Público do Pará (MPPA).
“Os serviços oferecidos no município são abrangentes. Outros estados se surpreendem com a nossa rede completa de apoio. A Polícia Civil e a Polícia Militar são parceiros ativos, auxiliando na obtenção de documentos e na proteção das vítimas. Em casos de denúncias anônimas, a Polícia Civil atua prontamente, garantindo a segurança da mulher em situação de risco”, concluiu Diane Castro.
