Santarém

Da Raiz Amazônica aos Palcos Globais: A Jornada Musical de Sebastião Tapajós

O violonista e compositor Sebastião Tapajós, cuja arte reverberou além das fronteiras brasileiras, é o foco da quarta reportagem especial da série “Por dentro da história”, do G1 Santarém e região. Nascido Sebastião Pena Marcião em 1943, em Alenquer, Pará, ele se considerava santareno de coração. Aos 8 anos, no armazém de seus pais, Sebastião começou a tocar o violão, um presente de seu pai, também músico. Essa paixão pela música o levou a se apresentar em programas de rádio e auditório ainda na infância, adotando o nome artístico que o consagraria: Sebastião Tapajós. Com informações do G1 Santarém e Região.

Sebastião Tapajós consolidou sua carreira no Rio de Janeiro durante a década de 60, alcançando renome internacional. Entre seus feitos destacam-se a participação na série “Concertos para a Juventude” da TV Globo, sua primeira turnê internacional em 1971 pela Europa, um contrato de 22 anos com a gravadora alemã RCA e a gravação de mais de 50 títulos. Jackson Rego Matos, diretor do Instituto Sebastião Tapajós, ressalta a extensa trajetória do músico, que inclui turnês por países como Rússia, Japão, EUA e Finlândia, e uma presença marcante na Alemanha, onde esteve mais de 80 vezes.

O Instituto Sebastião Tapajós, sediado às margens do rio que inspirou o nome artístico do violonista, foi inaugurado em 16 de abril de 2017, no 75º aniversário de Sebastião. O instituto tem como missão preservar e divulgar a obra do artista, além de promover a música e apoiar novos talentos locais. Projetos como o Festival de Violão Sebastião Tapajós e a Orquestra de Violões, lançados em março de 2023, perpetuam seu legado, inspirando violonistas de todas as idades. O Museu Virtual Sebastião Tapajós oferece um mergulho na vida e na obra do músico, enquanto o Centro de Convenções Sebastião Tapajós, inaugurado em novembro de 2023, se estabelece como um marco cultural e turístico em Santarém.

Sebastião Tapajós deixou um acervo físico rico, catalogado e restaurado em setembro de 2022, disponível parcialmente no Museu Virtual. Sua esposa, Dona Tanya, zela pelo acervo e pela sala memorial no Centro de Convenções. A vida do artista esteve intimamente ligada ao Rio Tapajós, e ele expressou o desejo de morrer às suas margens, um desejo que se concretizou em 2 de outubro de 2021, quando faleceu de infarto em um hospital de Santarém, localizado próximo ao rio que tanto amava. Sebastião Tapajós deixou sua esposa e quatro filhos: Maitê, Dessirrè, Emmanuele e Sebastião Junior.

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