Debate Público Avalia Proposta de Nova Área Protegida na Serra da Escama, Óbidos
Em uma audiência pública marcante, a cidade de Óbidos deu um passo significativo rumo à preservação ambiental com a apresentação do projeto para a criação de uma Unidade de Conservação (UC) que abrangerá 672,81 hectares. A proposta, que inclui a proteção da Serra da Escama, do Lago Pauxis e de vastas áreas de floresta virgem, foi detalhada perante autoridades e representantes da sociedade. Entre os presentes estavam o prefeito Jaime Silva (MDB), os vereadores Agostinho do Curumu (MDB) e Jalico Aquino (PL), além de membros de diversos setores da comunidade obidense. Com informações do G1 Santarém e Região.
O prefeito Jaime Silva ressaltou a relevância da UC para a conservação do patrimônio imaterial de Óbidos, enfatizando os benefícios sociais e econômicos que a medida trará. Ele destacou o caráter histórico da iniciativa, que visa proteger a biodiversidade e promover o turismo de aventura, histórico e ambiental. Por sua vez, o vereador Agostinho do Curumu, vice-presidente da Câmara Municipal de Óbidos (CMO) e membro de comissões relevantes, enfatizou a importância da participação do Poder Executivo na discussão do projeto, que agora seguirá para análise nas comissões permanentes da Câmara.
Diego Santos, secretário de Meio Ambiente, classificou a criação da UC como um momento histórico e crucial para o município. Ele explicou que a unidade será gerida pela Secretaria de Meio Ambiente, com o objetivo de manter a visitação de forma sustentável e regulamentada. A próxima etapa envolve a consolidação das informações e sugestões coletadas durante a audiência pública, para posterior análise pela CMO e, em seguida, encaminhamento ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que decidirá sobre a efetivação da UC.
A Serra da Escama é um marco geográfico e histórico, elevando-se cerca de 70 metros acima do nível do Rio Amazonas, próximo ao porto de Óbidos e às margens do Lago Pauxis. Com uma área de 26.825,5 quilômetros quadrados, a serra foi estrategicamente utilizada em 1906 para a instalação de canhões destinados à defesa da Amazônia, em um período em que a região era rota de embarcações envolvidas em contrabando e ataques à Coroa Portuguesa.