Em um esforço conjunto para combater a hanseníase, mais de 200 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, participaram de uma capacitação em Santarém. O treinamento, liderado pelo Dr. Karlisson Cunha e pela referência técnica da Sespa, Andrea Leite, enfatizou a relevância do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz da doença nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). A sessão incluiu uma parte teórica robusta e uma demonstração prática de biópsia da pele, visando aprimorar as habilidades dos profissionais para um diagnóstico mais assertivo. “Além da parte teórica, que é essencial, eu quis trazer essa abordagem prática e lúdica para que os profissionais possam estar realizando nas UBS e, com isso, vamos conseguir qualificá-los para aumentar a efetividade no diagnóstico, aprimorando a resolutividade na atenção primária,” destacou o Dr. Cunha. Com informações do G1 Santarém e Região.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, provocada pela bactéria Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos. Os sintomas incluem manchas na pele com alteração de sensibilidade, sensações de fisgada, dormência, formigamento, perda de pelos, inchaço e dor nas extremidades, redução da força muscular, nódulos pelo corpo, pele seca, olhos ressecados, feridas, sangramento nasal, febre e mal-estar geral. É fundamental que, ao identificar sinais da doença, o paciente busque atendimento médico, pois o tratamento precoce é crucial para a cura e para evitar a transmissão.
As UBS’s desempenham um papel vital no combate à hanseníase, oferecendo diagnóstico e tratamento gratuitos. O processo inicia com um exame clínico detalhado e, uma vez diagnosticado, o paciente recebe um tratamento à base de comprimidos diários. Este tratamento é essencial não apenas para a cura do indivíduo, mas também para prevenir o desenvolvimento de incapacidades e interromper a cadeia de transmissão da doença, tornando o paciente não infectante logo após o início da terapia.
