Wilde Dias da Fonseca, conhecido carinhosamente como Dororó, foi uma personalidade multifacetada que deixou um legado indelével nas artes e na educação brasileira. Compositor, regente, escritor, historiador, jornalista, ator e professor, Dororó destacou-se como um talentoso multi-instrumentista e um educador apaixonado. Sua partida, aos 90 anos em 29 de outubro de 2010, devido a complicações de um câncer de próstata, encerrou uma era de contribuições significativas para a cultura. Em 13 de dezembro de 2019, sua memória foi honrada com a escolha de seu nome como um dos patronos da Academia de Música do Brasil, uma decisão tomada pelo crítico, musicólogo e jornalista Luís Roberto Trench, fundador e presidente da instituição. Com informações do G1 Santarém e Região.
Além de sua voz de barítono-baixo, Dororó dominava instrumentos como violino, contrabaixo, acordeon, órgão, harmônio e piano. Sua habilidade como regente de corais e bandas de música foi amplamente reconhecida. Ele integrou a Orquestra Euterpe Jazz, inicialmente sob a batuta de seu pai e posteriormente de seu irmão Isoca, e foi membro da Academia de Letras e Artes de Santarém. Como educador, Dororó lecionou música e inglês em prestigiadas instituições, além de oferecer um curso noturno gratuito de teoria e educação musical, destacado pelo renomado Vicente Salles em sua obra “Música e Músicos do Pará”. Sua produção literária inclui títulos como “Santarém Momentos Históricos” e “Folclore em Santarém”, refletindo seu compromisso com a preservação da cultura local.
A influência de Dororó estende-se à sua família, especialmente a seus filhos José Wilde e João Paulo Fonseca, que herdaram a paixão pela música. José Wilde, embora tenha seguido carreira como analista de sistemas, carrega consigo as memórias afetivas de uma infância embalada por uma “trilha sonora única”. João Paulo, por sua vez, seguiu os passos do pai na música, tendo sua formação artística profundamente influenciada pelo ambiente musical familiar. Hoje, ele vive da música, ensinando e inspirando novas gerações, mantendo viva a chama artística de seu pai e contribuindo para a cultura musical de Santarém. A história de Wilde Dias da Fonseca e o impacto de sua arte na vida de seus filhos são testemunhos do poder transformador da música, que vai além do entretenimento e se torna um legado de inspiração e amor.
