A exposição “Benedicto Monteiro – 100 anos” homenageia o centenário do renomado escritor, nascido em um raro 29 de fevereiro e registrado oficialmente no dia 1º de março. Realizada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a mostra reúne 11 fotografias e 13 painéis que mergulham na obra e vida de Monteiro, oferecendo ao público um olhar íntimo sobre suas contribuições literárias e seu amor pela Amazônia. A abertura do evento ocorreu às 19h, com a presença de familiares do autor, e a exposição permanecerá aberta para visitação de terça a domingo, das 9h às 17h, na Galeria Fidanza, até o dia 14 de abril, com entrada franca. Com informações do G1 Santarém e Região.
A curadoria, a cargo do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM/Secult), em colaboração com a família de Benedicto Monteiro, destaca a influência do escritor na literatura amazônica. Tamyris Monteiro, diretora do Museu do Estado, ressalta que a exposição foca na carreira literária de Benedicto, evidenciando sua perspectiva singular sobre a Amazônia e a essencialidade dos rios para a vida na região. A mostra foi meticulosamente organizada para celebrar a maneira como Monteiro capturou a importância da Amazônia para o mundo em suas obras.
Benedicto Wilfred Monteiro, nascido em Alenquer, no Baixo Amazonas, teve uma vida marcada por desafios e conquistas. Formado em Direito pela Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, ele publicou seu primeiro livro de poesia, “Bandeira Branca”, em 1945. Sua carreira foi diversificada, incluindo atuações como Promotor Público, Juiz de Direito e Secretário de Estado. Após ser cassado e perseguido pelo regime militar em 1964, Monteiro dedicou-se à advocacia agrária e à literatura, deixando um legado de obras que refletem sua luta e paixão pela Amazônia. Seu último livro, “O Homem Rio”, foi publicado mesmo enquanto lutava contra o câncer, e sua obra continua a ser estudada e apreciada internacionalmente. Benedicto Monteiro faleceu em 15 de junho de 2008, mas sua voz literária permanece viva, ecoando a riqueza cultural e a importância da Amazônia para o Brasil e o mundo.