Descobertas Arqueológicas na Terra Indígena Tupinambá Garantem Prêmio Nacional a Professor
O professor Hudson Melo foi laureado por sua dissertação “Yané Redáwa Tedáwa São Francisco: Arqueologia ancestral na Terra Indígena Tupinambá, Rio Tapajós, Amazônia”, um estudo inovador realizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), sob a orientação da arqueóloga e professora doutora Lorena Garcia. A pesquisa, que mergulha na ancestralidade indígena da região do baixo Tapajós na Amazônia brasileira, foi conduzida em parceria com o povo Tupinambá da aldeia São Francisco. Com informações do G1 Santarém e Região.
Adotando uma metodologia de levantamento arqueológico alinhada às arqueologias indígenas, o estudo abordou conceitos como território, lugares de significado, memória e tradição oral. Os achados foram interpretados sob a ótica da vida cotidiana na aldeia e da experiência de campo do arqueólogo. “Nossa Terra Indígena Tupinambá tem um vasto histórico de ocupação, evidenciado por datações arqueológicas que remontam a 3.800 anos”, revelou Hudson Melo, destacando a importância da cerâmica Tupinambá como elemento de conexão com o passado da região.
A dissertação, que também discute a territorialidade Tupinambá e oferece uma interpretação própria das cerâmicas arqueológicas, está acessível ao público no Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe. A história oral Tupinambá, que precede a chegada dos europeus ao Tapajós, é um testemunho vivo da presença ancestral na região, reforçando a continuidade cultural e a resiliência deste povo.