Um aumento significativo de casos de dengue foi registrado no município de Monte Alegre, conforme aponta o coordenador do Laboratório de Biologia Molecular (Labimol), Marcos Prado. A cidade, que faz parte dos 20 municípios sob a jurisdição do 9º Centro Regional de Saúde da Sespa, enfrenta uma situação alarmante com quase 500 casos de dengue sorotipo 2 apenas no ano de 2024. Com uma população de cerca de 58 mil habitantes, Monte Alegre apresenta uma incidência de dengue muito acima da média nacional, colocando o estado do Pará em estado de alerta. A preocupação se estende a Alenquer e, de forma mais acentuada, a Santarém, que pela sua proximidade e conexão via ferry boats com Monte Alegre, vê-se em risco elevado de propagação da doença. Com informações do G1 Santarém e Região.
Apesar dos esforços contínuos de combate e prevenção, a dengue ressurge com força na região amazônica e em outras partes do Brasil. Marcos Prado destaca que práticas inadequadas de descarte de lixo pela população contribuem para a proliferação do Aedes aegypti, vetor não só da dengue, mas também de outras arboviroses como zika, chikungunya e febre amarela. Esses desafios persistem e comprometem a eficácia das medidas de controle do mosquito.
O Pará, juntamente com estados como Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais, enfrenta uma situação crítica com o ressurgimento de sorotipos antigos e o surgimento de novos, elevando o risco de formas mais severas da doença, incluindo a dengue hemorrágica. O inverno amazônico, caracterizado por chuvas intensas, favorece a reprodução do mosquito e a eclosão de ovos deixados no período seco, criando um ciclo que potencializa a expansão do vetor e, consequentemente, o aumento de casos de dengue, em especial do sorotipo 2, que é predominante na região, segundo esclarecimentos de Marcos Prado.
